sábado, 28 de abril de 2012

Terceiro Soneto de "Les Stupra"



Franzida e obscura como um ilhós violeta,
Ela respira, humilde, entre a relva rociada
Inda do amor que desce a branda rampa das
Alvas nádegas até o coração da  greta.
.

Filamento iguais a lágrimas de leite
Choraram sob o vento atroz que os arrecada
E os impe´le através de marnas arruivadas
Até perderem-se na fenda dos deleites.
.

Beijando-lhe a ventosa, o meu
sonho o freqüenta.
A minha alma, do coito material ciumenta, 
Qual lacrimal e ninho de soluços usa-a.


É a oliva esvaída e é a flauta agreste.
O tubo pelo qual desce a amêndoa celeste,
Feminil Canaã em seus rocios reclusa. 
Rimbaud
Obra Ilustrativa - Mulher no banho - Óleo de Romeo Zanchett

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