Naquela mistura fumegante e colorida que a pá não pára de agitar vê-se o infinito olhar de um morimbundo o primeiro olhar de um primeiro amor um trem a passar numa gare deserta uma estrela remota um pincenez perdido o sexo do outro sexo a mágica de um santo carregando sua própria cabeça e de tudo finalmente evola-se o poema daquele dia - que fala em coisa muito diferente...
Mario Quintana Esconderijos do Tempo - Editora Objetiva - 2013
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