Which limb lies
next the mirror?
For neither is clearer
nor a different color
than the other,
nor meets a stranger
in this arrangement
of leg and leg and
arm and so on.
To his mind
it’s the indication
of a mirrored reflection
somewhere along the line
of what we call the spine.
He felt in modesty
his person was
half looking-glass,
for why should he
be doubled?
The glass must stretch
down his middle,
or rather down the edge.
But he’s in doubt
as to which side’s in or out
of the mirror.
There’s little margin for error,
but there’s no proof, either.
And if half his head’s reflected,
thought, he thinks, might be affected.
But he’s resigned
to such economical design.
If the glass slips
he’s in a fix —
only one leg etc. But
while it stays put
he can walk and run
and his hands can clasp one
another. The uncertainty
he says he
finds exhilarating. He loves
that sense of constant re-adjustment.
He wishes to be quoted as saying at present:
“Half is enough.”
Qual olho é o dele?
Qual membro é real
e qual está no espelho?
A cor é igual
à esquerda e à direita,
e ninguém suspeita
que esta ou aquela
perna, ou braço, seja
verdade ou impostura
nessa estranha estrutura.
A seu ver,
isso é prova garantida
de uma imagem refletida
ao longo desta linha
que chamamos de espinha.
Modesto, sentia
que sua pessoa
era metade espelho:
pois duplicar-se seria
um total destrambelho.
O vidro se prolonga
por sua mediana,
ou melhor, sua borda.
Mas ele não sabe direito
o que está dentro ou fora
da imagem refletida.
Não há muita margem de erro,
mas provar é impossível.
E se meio cérebro é reflexo
seu pensamento terá nexo?
Mas ele aceita sem problema
a parcimônia do esquema.
Se o espelho escorregar
vai ser de amargar —
só uma perna etc. Mas por ora
está apoiado na escora,
e ele anda e corre e pega a mão
com a outra. A sensação
de incerteza o deixa feliz,
ele diz.
Afirma também que gosta
de estar sempre a se reajustar.
No momento, eis o que tem a declarar:
“Metade basta.”
Elizabet Bishop
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