sexta-feira, 7 de junho de 2013

Clark Gable





Clark Gable (1901-1960) nasceu em Cadiz, Ohio, no dia 1 de fevereiro. Seu pai Wiliam Henry Gable era fazendeiro e perfurador de poços de petróleo, sua mãe Adeline Hepshelman era descendente de alemães e irlandeses. Morreu quando ele tinha sete meses. Na adolescência, teve que estudar e trabalhar.

Aos 16 anos Clark abandonou a escola e o trabalho de operário em uma fábrica para tentar a carreira de ator. Essa decisão surgiu quando ele viu no teatro a peça "O Nascimento do Paraíso". Em pouco tempo conseguiu se engajar em algumas companhias, fazendo trabalhos braçais. O charme de Clark com as mulheres já existia na juventude. Em 1924 casou-se com uma mulher 20 anos mais velha, Josephine Dillon, que acabou sendo a sua primeira agente.

Josephine o levou à Hollywood. Na ocasião só conseguiu fazer ponta no filme "A Viúva Alegre". Clark voltou a fazer teatro com o novo amigo, o então respeitado Lionel Barrymore, ator conceituado, irmão de Ethel e John Barrymore, que junto com a esforçada Josephine, conseguiu encaminhá-lo para a Metro, então sob a direção de Irving Thalberg.

 


 
Naquele estúdio em 1930, no filme "O Deserto Pintado" começou a brilhar sua carreira de ator. Nessa época se separa de Josephine, que foi a responsável por desenvolver suas aptidões artísticas.

Em 19 de junho de 1931 (um ano depois do divórcio), casou-se com a socialite Rhea Langham. Dizem que, mesmo casado com aquela rica mulher de Nova York, ele mantinha um caso com Joan Crawford, sua coadjuvante em "Dance, Fools, Dance", de Harry Beaumont, um dos primeiros musicais do cinema sonoro.

No mesmo ano que contracenou com Crawford, Clark foi protagonista de alguns filmes da Metro. Um deles foi "Susan Lennox", com Greta Garbo. Em 1931, foi "Red Dust", com Jean Harlow. Clark recusou seguir determinado roteiro, o que contrariou o estúdio que o consagrou. Para puni-lo foi emprestando-o para a Colúmbia em 1934. O diretor Frank Capra, resolveu entregar-lhe o papel de um jornalista que foge com a milionária Claudette Colbert, no filme "Aconteceu Naquela Noite", foi um sucesso, a primeira comédia premiada com um Oscar. Gable, assim como Claudette, ganharam o troféu.

Clark seria finalista novamente para o Oscar em duas outras ocasiões. Uma em 1938 por "O Grande Motim" e a outra em 1939 com "E o Vento Levou". Apesar de ser apontado como favorito e de fazer menção de levantar-se quando anunciavam o vencedor nessa categoria, ele perdeu para o inglês Robert Donat por "Adeus, Mr. Chips". Mas hoje existe um certo consenso que "E o Vento Levou" foi o maior momento cinematográfico da carreira de Clark.
Clark foi escolhido para ser Rhett Butler devido as inúmeras cartas que mulheres enviaram aos estúdios da Metro ao ser anunciada a filmagem desse best seller. E como Rhett, ele foi a própria imagem da sedução. Misturando uma certa cafajestice com determinação, confirmou-se como o maior galã do cinema na ocasião. O ator também estava de bem com a vida. "A única razão porque o público vem me ver é porque eu sei que a vida é grande e eles (os espectadores) sabem que eu sei disso'', afirmou Gable na ocasião.
 


Esse era o grande momento da sua vida pessoal. Estava apaixonado por Carole Lombard, a bela e alegre atriz que havia conhecido em 1932. Em 29 de março de 1939, 25 dias depois de ter o divórcio de Rhea, casou-se com Carole. Essa felicidade durou pouco. Em 16 de janeiro de 1942, Carole morreu na queda do avião que a trazia de volta para casa, após ter se apresentado para soldados que iam para guerra. A fatalidade arrasou com Clark. Recusou voltar ao trabalho.
Clark se alistou na força aérea e foi para o front de batalha, participando ativamente do bombardeio de importantes pontos nazistas. Por isso, foi condecorado no seu retorno aos Estados Unidos. De volta ao cinema, Clark passou a atuar em filmes de ação. O primeiro foi "Aventura", dirigido em 1945, por seu amigo Victor Fleming. Em dezembro de 1949, casa novamente. Desta vez com lady Silvia Ashley, ex-mulher de Douglas Fairbanks. Mas a relação foi curta, terminou em abril de 1952.
Em 1953, participa de um de seus maiores êxitos da fase madura, "Mogambo", de John Ford, quando chegou a ter um romance com uma das atrizes, a bela Grace Kelly. Em 11 de julho de 1955 Clark aparentava felicidade ao casar-se com Kay Spreckles. Amável e sem glamour, ela parecia ter dado paz e estímulo ao marido que, naquela década, trabalhou ativamente ao lado de estrelas como Yvonne de Carlo em "Meu Destino Foi Pecar", com Eleanor Parker em "Esse Homem é Meu" e com a italiana Sophia Loren na comédia "Começou em Nápoles", seu penúltimo filme.
 
 
Em 1960 foi contratado para atuar com Marilyn Monroe em "Os Desajustados", de John Huston, que tinha roteiro original do dramaturgo Arthur Miller, marido de Marilyn.

Seu salário foi de 750 mil dólares, mais 58 mil para cada semana de acréscimo. E as filmagens, tumultuadas pelos atrasos e caprichos de Marilyn, foram além do prazo.



Clark estava feliz mesmo no meio das confusões, pois ficou sabendo que iria ser pai pela primeira vez. Kay estava grávida. Porém, o destino foi novamente cruel. Em 16 de novembro de 1960, dois meses depois de terminar as filmagens de "Os Desajustados", Clark sofreu um fulminante ataque de coração.

William Clark Gable morre dez dias depois, em 16 de novembro de 1960. Foi enterrado ao lado de Carole Lombard em Forest Lawn Cemetery. Em 20 de março do ano seguinte nasceu John Clark Gable, seu filho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário